quinta-feira, dezembro 7

"Daqui a nada"

É.


Quando repetimos uma palavra ou uma frase vezes sem conta acontece uma de três coisas:
- A palavra perde todo o sentido e a consistência que tinha quando a dissemos pela primeira vez;
- Pensamos, realmente, sobre aquilo que estamos a dizer;
- Não acontece rigorosamente nada.


Esporadicamente, deparo-me com a segunda opção.

Diariamente, quando somos questionados acerca de quando vamos fazer determinada tarefa (p.e.) recorremos automaticamente á expressão "Daqui a nada."
Geralmente quando se trata de algo em que não estamos particularmente interessados.



Hipotese:
- "Quando é que vais fazer a tua cama?"
- "Daqui a nada!"



Realidade:
Não faço a cama vai para 3 semanas.
Minto, fez 3 semanas anteontem o que já faz de mim uma autêntica bagunça em forma de gente.



"Daqui a nada" é ridículo. Não faz sentido.
Porque "nada"... é "nada"! É nulo, vazio, tipo coiso, nada! Em unidade temporal será qualquer coisa como 0 segundos.
Ou seja, quando dizemos "Daqui a nada" mal abrimos a boca para proferir a primeira silaba, já perdeu todo o sentido porque esse "nada" já passou. Sendo assim só faria sentido se mesmo antes de sequer pensarmos em dizê-lo, fizéssemos aquilo a que ele se refere.
Ok. É impossível, mas ainda assim é verdade.




Conclusão:
Não liguem demasiado aquilo que eu digo e façam as coisas na hora.





Cumprimentos.
Leonardo.


Post dedicado a Tiago Henriques - Estudante de Direito.